dente saiu
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O seu filho caiu e o dente saiu completamente

O seu filho caiu e o dente saiu completamente O que é a avulsão dentária? A avulsão dentária significa que ocorreu um deslocamento total de um dente do seu alvéolo. Por norma, verifica-se com mais frequência em crianças ou jovens, pelo que os dentes mais comummente afetados são os incisivos centrais superiores. E então o que devemos fazer? A primeira coisa que devemos fazer é procurar o dente, para termos a certeza de que o dente realmente saiu ou, se por outro lado, terá entrado na gengiva (intrusão). Se verificarmos que o dente saiu realmente, a coisa mais importante a fazer, de seguida, é perceber se o dente que saiu é um dente de leite ou decíduo ou um dente definitivo. E se for dente definitivo? Se for um dente definitivo, devemos reimplantá-lo imediatamente, ou seja, recolocar o dente em boca, no sítio. Para isso, devemos pegar no dente com cuidado sempre pela parte visível do dente, a coroa, e nunca tocar na raiz, que consiste na parte do dente que geralmente não vemos pois está dentro do osso e da gengiva. Se o dente tiver caído e estiver sujo, podemos lavá-lo, mas cuidado para não tocar na parte da raiz, segurando sempre na coroa. O mais importante será recolocar o dente na posição correta e posteriormente dar à criança um pano para que possa trincar para permitir a estabilização do dente na posição e ir o mais rapidamente possível ao médico dentista. Se por algum motivo não for possível recolocar o dente no local, devemos ir ao médico dentista ou ao odontopediatra o mais rápido possível. Devemos ter sempre em atenção que o dente não pode vir seco. O dente deve estar mergulhado em leite frio ou saliva, para que não desidrate, pois quanto mais rápido o fizermos, melhor o prognóstico de sucesso o dente terá! Nunca se esqueça que o prognóstico do reimplante depende das medidas tomadas no local do acidente! Nunca transportar o dente em água! Existem ainda outras soluções de transporte como é o caso das chamados meios fisiológicos, que normalmente são utilizados na recolha e transportes de órgãos para transplantes, no entanto por não serem de fácil acesso ao público, e o seu custo ser elevado, o seu uso fica inviabilizado nestes casos. O ideal é ser entre 30 min a 2h depois da vulsão. Devemos ponderar se devemos reimplantar ou não o dente, se estivermos perante estas situações: Existe doença sistémica relevante (como é o caso de pacientes imunodeprimidos ou no caso de atraso de desenvolvimento profundo); Existe compromisso na integridade do dente em questão ou das estruturas de suporte. No caso de se tratar de um dente de leite, não o devemos recolocar! O objetivo é proteger a dentição definitiva, logo o reimplante estác contraindicado, pois corremos o risco de afetar o dentes definitivo, que já está em formação. Nesse caso, devemos consultar o médico dentista para ele avaliar clínica e radiograficamente se está tudo bem com os dentes adjacentes e com os dentes definitivos que já estão em formação. Referências Bibliográficas: Fernandes, Ana. Caixeirinho, Patrícia. Figueiredo, Luísa. Ferrão, José. Protocolo Terapêutico validado pela Direção do Colégio da Especialidade de Estomatologia (DCEE). [Internet]. 4 de dezembro de 2019.  [citado 14 de maio de 2024]; disponível em : https://ordemdosmedicos.pt/wp-content/uploads/2017/09/Avuls%C3%A3o-Fluxog-2019-final.pdf

cancro oral
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Cancro oral

Cancro oral O cancro da cabeça e pescoço (HNC) é atualmente reconhecido como o 6º cancro mais incidente. Com mortalidade registada em cerca de 430 mil óbitos em todo o mundo, a sua incidência aumenta a cada ano que passa, e sabe-se que pode abranger diversas estruturas, com especial destaque para: Língua, Palato; Lábios; Pavimento da boca; Amígdalas; Glândulas salivares; Ouvido; Esófago; Faringe, laringe e a cavidade nasal. Ainda que se saiba que este grupo de doenças malignas têm efetivamente uma panóplia de fatores para a sua origem, podemos apontar-se fatores e não infeciosos. Acerca dos primeiros, podemos destacar a utilização do tabaco e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, tendo-se registados efeitos multiplicativos, aquando da sua associação. Outros estudos sugerem que possam ser associados outros tipos de fatores como a exposição solar extrema, bem como hábitos de higiene oral precários e défices vitamínicos, nomeadamente das vitaminas A, C e E. Quanto aos fatores etiológicos infeciosos, destacam-se os associados ao vírus do papiloma humano (HPV). Neste contexto, o Médico Dentista tem um papel crucial na intervenção do doente com HNC, precisamente por ser muitas vezes o profissional de saúde com o primeiro contacto com o doente, em contexto de consultório. No entanto, isso não invalida a possibilidade de o doente poder realizar, em casa, regularmente, um exame a si mesmo, como medida de prevenção! Pescoço Palpe a zona do pescoço e verifique se sente alguma saliência que não é normal sentir, de consistência dura. Lábios Coloque se à frente de um espelho e afastando com os dedos os lábios, visualize tanto a parte interna como a parte externa destes. Verifique se se apercebe da existência de alguma com alteração de cor, forma e consistência ou sensação de ardor, desconforto ou dor. Bochechas Afaste com o dedo a bochecha de ambos os lados e observe a parte interna. Gengiva Em frente ao espelho, e com o dedo, percorra toda a gengiva superior e inferior na tentativa de procura dos mesmos sinais e sintomas mencionados. Céu da boca Abra a boca o máximo que conseguir e diga “AHH”. Esteja atento a alterações no tom de voz, rouquidão anormal e episódios de dificuldade em engolir. Língua Coloque a língua de fora e observe tanto o dorso da língua como o ventre da língua. Mova a sua língua para a esquerda e para a direita e observe os bordos. Pavimento da boca A fim de percorrer o pavimento da boca coloque o seu dedo polegar debaixo do queixo e o indicador da mesma mão debaixo da língua. Atenção a lesões ulceradas, indolores, que persistem ao longo do tempo, frequentemente endurecidas, e/ou, com manchas avermelhadas ou amareladas que se vão agravando… Se suspeitar de algo fora do normal, contacte o seu médico dentista. Não se esqueça de fazer o autoexame regularmente, com as mãos limpas e com uma boa iluminação. Normalmente as lesões orais cicatrizam em 14 dias, de forma espontânea. No entanto, se não for o caso, deverão ser vistas por um médico dentista. Referências Bibliográficas: Ordem dos Médicos Dentistas. Cancro Oral. [internet];2023 [citado a 9 de maio de 2024]. Disponível em: https://www.omd.pt/publico/informacao-sobre-cancro-oral/cancro-oral/ Wanessa Pajeú. Autoexame Cancer da boca. [internet];2024 [citado a 8 de maio de 2024]. Disponível em: http://wanessapajeu.com.br/cancer-de-boca/autoexame-cancer-de-boca/ . Clínica Oncológica Lisiane Anzenello. Exames da cabeça e pescoço. [internet]; 2024 [citado a 9 de maio de 2024]. Disponível em: http://www.clinicaanzanello.com.br/especialidades/exames-de-cabeca-e-pescoco/

perda de dentes
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O que leva à perda de dentes e que soluções existem?

O que leva à perda de dentes e que soluções existem? A palavra edentulismo refere-se à perda parcial ou total dos dentes permanentes. No edentulismo parcial, apenas alguns dentes estão ausentes nas acadas, permanecendo espaços desdentados. No edentulismo total, todos os dentes estão ausentes, na arcada mandíbular, maxila ou em ambas. Para melhor prevenir a perda dentária, é útil compreender o que a causa. O edentulismo nas faixas etárias mais velhas resulta do efeito cumulativo dos fatores causais ao longo dos anos, sendo a cárie e a doença periodontal dos fatores mais prevalentes. Periodontite:  É caracterizada pela destruição progressiva dos tecidos de suporte do dente. Considerada a 6ª doença mais prevalente mundialmente e principal causa de perda dentária, a periodontite apresenta repercussões na qualidade de vida como disfunção mastigatória, alterações na dieta, para além de que está provado a sua relação com outras doenças crónicas, como a diabetes. Uso e acesso aos serviços de saúde: A falta de acesso a cuidados dentários rotineiros e atrasos no tratamento necessário podem resultar em condições que levam ao edentulismo. Trauma: Lesões traumáticas, como quedas ou acidentes, podem originar danos irreversíveis na dentição, podendo ser necessário a extração dentária. Cáries. Qual o impacto na nossa saúde? Após a perda de um dente, e quando este não é substituído, com o passar do tempo, o osso infragengival vai começando lentamente a sofrer alterações, ocorrendo reabsorção óssea. Além disso, a posição dos dentes adjacentes ao espaço desdentado poderá sofrer alterações também, originando a migração e ocupação desses para o espaço edêntulo.  No caso do dente perdido ser um dente inferior, o dente oponente superior, isto é, o dente superior que contactava com o dente perdido, lentamente começará a migrar para baixo, por não encontrar um ponto de contacto dentário. Esta migração não é saudável e pode causar danos nos tecidos circundantes.Podemos destacar outras consequências do edentulismo parcial ou total: Diminuição da capacidade mastigatória; Alteração da fonética; Má posição dentária; Alterações na estética oral e facial, alterações no sorriso; Reabsorção óssea; Magreza; Problemas psicológicos e sociais como a diminuição da autoestima e vontade de socialização; É possível prevenir a perda total dos dentes? A prevenção do edentulismo é fundamental e envolve uma combinação de hábitos de vida saudáveis, consultas regulares com o seu médico dentista, e realização dos tratamentos necessários para cada caso. Siga as orientações do seu médico dentista para prevenir perdas dentárias. Que soluções dispomos? Próteses removíveis (parciais ou totais)  Na ausência de alguns dentes e, quando os remanescentes se encontraram saudáveis em boca, pode optar por colocar próteses removíeis parciais, ou totais, no caso de já não existirem dentes em boca. As próteses parciais removíveis podem ser de estrutura metálica ou acrílica, destinada a restabelecer as funções orais como a mastigação, fonética, providenciar harmonização da face assim como a estabilização e prevenção dos dentes remanescentes. Próteses fixas  Uma prótese dentária fixa, como o nome indica, é uma prótese que não pode ser removida pelo paciente no quotidiano, pois esta só poderá ser removida no consultório dentário. Neste grupo de próteses fixas, destacamos as coroas unitárias (em apenas um dente), as pontes (em dentes adjacentes, isto é, juntos) e as próteses fixas de arcada total. As coroas unitárias podem ser aplicadas sobre dentes ou implantes e com as pontes dentárias, acontece o mesmo. Referências Bibliográficas: https://revistaenfermagematual.com/index.php/revista/article/view/2045/2243 https://eapgoias.com.br/perda-dos-dentes-edentulismo/ https://www.omd.pt/content/uploads/2017/12/folheto-omd-proteses-removiveis.pdf https://www.omd.pt/content/uploads/2017/12/folheto-omd-proteses-fixas.pdf

sutura
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Importância da sutura e o que deve fazer após extração dentária

Importância da sutura e o que deve fazer após extração dentária A cicatrização de feridas na cavidade oral apresenta algumas especificidades, devido ao ambiente único que apresenta. Assim a escolha dos materiais e técnicas adequadas a cada situação é de extrema importância, não só promovendo uma sutura eficiente, como também influenciará o sucesso da cicatrização. A sutura usada na cirurgia oral apresenta um comportamento diferente das suturas noutras partes do corpo. Afinal o que é a sutura e para que serve? A sutura consiste no último tempo operatório de um procedimento cirúrgico e a sua realização tem um papel importante na cicatrização. Como? Pois permite a aproximação e a fixação dos bordos da ferida operatória (ou seja, liga vasos sanguíneos e aproxima os tecidos); Ajuda a criar uma barreira que protege contra a contaminação bacteriana.  De que forma deve ser feita? A sutura ideal deve reger-se por certos princípios: Manuseio fácil e confortável para o paciente; Reação mínima ao tecido envolvido; Alta resistência à rotura; Segurança do nó; Que não corte ou rasgue o tecido; Os fios de suturas podem ser do tipo absorvível ou não absorvível. Quando são do tipo absorvível, os fios de sutura têm origem em polímeros sintéticos que são absorvidos. Por outro lado, os fios de suturas não reabsorvíveis, quando introduzidos num organismo vivo, não são reabsorvidos e por isso devem ser removidas 7 dias após a extração. Podemos apontar alguns cuidados a ter em conta  após a extração de um dente: Evite fumar; Tentar não bochechar ou cuspir no primeiro dia; Higienizar cuidadosamente o local (poderá eventualmente e sob indicação do seu médico dentista aplicar gel para regeneração das gengivas e da mucosa oral. A escovagem deverá continuar a ser diária); Aplicar gelo sob a face no dia da extração Optar por alimentos de consistência mole e fria nos primeiros dias. Seguir a prescrição medicamentosa, caso o medico dentista o indicar. Referências Bibliográficas: Lima I; Materiais e técnicas de sutura em medicina dentária. [Internet]. Instituto Universitário Egas Moniz; 2021 [citado a 22 de abril de 2024]. Disponível em: http://hdl.handle.net/10400.26/38477 Zogbi, L., Rigatti, G., & Fagundes Audino, D. (2021). Sutura Cirúrgica. In: Vittalle – Revista de Ciências Da Saúde, 33(1), 29-44. [citado a 21 de abril de 2024].  O que é sutura e qual a sua importância nos primeiros socorros. Academia Health.[Internet]. 2024 [citado a 21 de abril de 2024]. Disponível em: https://academiahealth.blog.br/o-que-e-sutura/

branqueamento dentário
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Sobre branqueamento dentário

Branqueamento dentário O branqueamento dentário teve início de maneira geral no final dos anos 80. Atualmente, o branqueamento dentário tornou-se numa prática médico dentária muito procurada por aqueles que procuram melhorar a aparência estética do seu sorriso. Existem diversas técnicas, cada uma com o seu próprio mecanismo de ação. Para que se tornem eficazes, é importante saber distinguir o tipo de escurecimento/descoloração dentária e a sua etiologia, entre outros fatores.   Pigmentação intrínseca: são inerentes a manchas internas profundas provocadas por defeitos no esmalte, a fatores genéticos, idade, antibióticos, manchas de fluorose, desordens no desenvolvimento, manchas brancas… Pigmentação extrínseca: ocorrem geralmente pela acumulação de substâncias cromatogénicas nas superfícies externas dos dentes, podendo ocorrer aquando de uma higiene oral deficitária, ingestão de bebidas gaseificadas ou com certos corantes, e alimentos cromatogénicos, bem como o consumo de tabaco. Estas colorações podem ser retiradas com procedimentos de profilaxia dentária como a aplicação de jato de bicarbonato, ao contrário das anteriores mencionadas. A maior parte dos dentes são passíveis de branqueamento. No entanto nem todos os tipos de pigmentação respondem da mesma forma ao branqueamento. Desta forma podemos distinguir 2 tipos de branqueamento dentários. A decisão de qual das técnicas de branqueamento optar depende claramente das condições particulares de cada paciente e das suas expectativas perante os resultados: O realizado em consultório (in office bleaching): Comummente utilizado uma luz LED. Esta luz é apenas fotoaceleradora dos produtos de branqueamento, tornando o processo mais rápido. Não é estritamente necessária. Branqueamento em casa (ambulatório ou home bleaching). Atualmente, os agentes clareadores mais utilizados são o peróxido de hidrogênio e o peróxido de carbamida no processo de branqueamento dentário. A tonalidade mais branca resulta capacidade de oxidação destes produtos sobre as moléculas dos pigmentos responsáveis pela descoloração dos dentes. Contraindicações ao branqueamento Em regra, na generalidade dos pacientes saudáveis e em bom estado de saúde oral, não existem contraindicações para a realização de um branqueamento dentário. No entanto existem algumas contraindicações à realização deste procedimento e por isso é que é tao importante encarar o branqueamento dentário como um ato médico, a ser realizado e supervisionado pelo seu médico dentista. Gravidez (pode ingerir o material); Idades inferiores a 18 anos; Várias recessões gengivais visíveis Paciente não colaborante ou com expectativas irreais Cáries não tratadas, lesões apicais, entre outras… Sensibilidade dentária durante o branqueamento De um modo geral os efeitos secundários, quer a nível dentário quer a nível das gengivas, estão relacionados com a concentração dos produtos, a forma como são aplicados e as condições específicas de cada paciente. Os branqueamentos dentários promovem com frequência a hipersensibilidade dentinária como efeito adverso. Alguns artigos reportam que há maior probabilidade da hipersensibilidade dentinária afetar os dentes mais pequenos, tais como, incisivos laterais maxilares e mandibulares. Esta tende a ser mais percepcionada durante o período do tratamento e pode durar até vários dias. Estão relacionados geralmente com a concentração dos produtos, a forma como são aplicados e as condições específicas de cada paciente. Atualmente existem vários tratamentos disponíveis para o tratamento da sensibilidade dentinária, tanto a realizar antes como durante o branqueamento. O branqueamento dentário quando é feito de forma correta é efetivo e seguro. Pode ser repetido a cada ano e meio / dois anos; É um tratamento previsível e com índice de sucesso elevado Deverá evitar durante o tratamento fumar, beber café ou chás (como o chá preto), comer chocolates ou comidas com muitos molhos… Resina ICON A resina ICON é um infiltrante resinoso recente, comercializado a partir de 2009, e de baixa viscosidade. Esta nova tecnologia parece ser bastante vantajosa na abordagem às lesões de cárie iniciais (lesões de mancha branca) bem como utilizada de modo coadjuvante com outras técnicas como o branqueamento dentário ou microabrasão, para camuflar manchas. Esta resina preenche os espaços entre os cristais de esmalte, melhorando consideravelmente a estética e impedindo a progressão da cárie dentária bem como no tratamento de manchas de fluorose (anomalia no desenvolvimento do esmalte causada por um excesso de flúor que pode alterar tanto a cor como a estrutura do esmalte). É bem tolerada e indolor, fazendo com que o esmalte perca consideravelmente a aparência esbranquiçada, no entanto são precisos mais estudos a longo prazo pois ainda tem pouca evidência científica na resolução das manchas de fluorose.   Referências Bibliográficas: Faceali Branqueamento dentário. Porto. 2023. [citado a 15 de abril de 2024]. Disponível em:  https://www.facealis.pt/branqueam1 Ordem dos Médicos Dentistas. Branqueamento dentário. Porto; 2013 [citado a 15 de abril de 2024]. Disponível em: https://www.omd.pt/content/uploads/2017/12/folheto-omd-branqueamento-dentario.pdf Dias, D. (2021). Uso de infiltrante resinoso (ICON) para tratamento de lesões de mancha branca. Pubsaúde, 7, 1–9. Disponivel em : https://doi.org/10.31533/pubsaude7.a234 . Bastos F. Tratamento de lesões de fluorose com aplicação da técnica ICON® – revisão narrativa. [Internet] Universidade Fernando Pesosa; 2020; [citado 15 de abril 2024]. Disponível em: http://hdl.handle.net/10284/9594 Silva C. Branqueamentos dentários: possíveis efeitos secundários e efeitos sobre o esmalte. [Internet] Universidade do Porto; 2016; [citado 15 de abril 2024]. Disponível em: https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/85780/2/150982.pdf.

frenectomia
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Frenectomia em Odontopediatria

Frenectomia em Odontopediatria A palavra Frenectomia significa a excisão cirúrgica do freio labial superior ou inferior. Primeiro vamos falar de alguns freios que temos na cavidade oral e que comummente são mais sujeitos a frenectomias. freio labial maxilar; freio lingual. Freio Labio Maxilar Esta estrutura anatómica, localiza-se na linha média e limita parte do movimento dos lábios impedindo movimentos exagerados dos mesmos. O freio labial superior é uma estrutura dinâmica que, ao longo das fases de   desenvolvimento e do crescimento, está sujeita a alterações de forma, tamanho e posição. Dependendo desta união, pode tornar-se um fator limitativo da mobilidade e função do lábio superior. Podemos destacar alguns sinais clínicos freio atípico: Limitações de mobilidade; Dificuldade na amamentação; Dificuldade na fonética; Incapacidade de humedecer os lábios; Dificuldade na higiene dentárias; Traumas durante a higiene oral; Diastemas; Recessões gengivais (ocorre, na verdade, mais nos incisivos centrais inferiores; se for observável, é indicativo que o freio labial inferior pode estar alterado).  Dificuldade na amamentação Por exemplo, quando o freio labial maxilar se apresenta curto pode impossibilitar um selamento mamário efetivo porque o lábio não consegue virar para fora. Por norma, num correto selamento mamário, o leite é expelido a partir de contrações formadas pelo conjunto entre os lábios e bochechas. Quando apenas engloba o mamilo e não a auréola poderá existir uma amamentação não eficaz, em termos de quantidade de leite extraída, cansativa para o bebé e, muitas vezes, dolorosa para a mãe. Momento de intervenção dos freios orais Depois de estabelecido o diagnóstico e o impacto da alteração no desenvolvimento, é importante definir quando e como o tratamento dos freios orais deve ser realizado. Frenectomia labial superior Uma grande parte dos estudos relativamente ao timing ideal para a realização desta cirurgia, indica que esta não deve ser realizada antes da erupção incisivos laterais e caninos permanentes maxilares. A partir dos 8-10 anos, quando ocorre o processo de migração intraósseo dos caninos permanentes maxilares, estes pressionam os incisivos, podendo ocorrer o encerramento do espaço. A frenectomia também está indicada após a erupção dos incisivos centrais maxilares permanentes, no caso de não existir espaço para a erupção dos incisivos laterais, quando estamos perante um freio hipertrófico e diastema (espaçamento) existente entre os incisivos centrais superiores. Em casos urgentes de claro comprometimento da alimentação na fase de amamentação por exemplo, deve ser realizado nessa altura. Frenectomia do frio lingual A anquiloglossia é uma anomalia congénita do desenvolvimento, na qual o freio lingual é demasiado curto e espesso ou está muito próximo da extremidade da língua, dando a sensação de que a língua se encontra presa. Costuma ser hereditária e por norma pode aparecer de forma isolada ou associada a um síndrome. Esta anomalia pode ser observada em recém-nascidos, crianças, adolescentes e até adultos. Uma das consequências desta anomalia prende-se ainda pela alteração do crescimento evolutivo normal da mandíbula e outras acima mencionadas.  Para seguir com este procedimento cirúrgico, o paciente terá primeiramente de ser avaliado por uma equipa multidisciplinar, que inclui: Odontopediatra; Pediatra que acompanha a criança desde o nascimento; Um terapeuta da fala, idealmente com diferenciação em terapia miofuncional; Otorrinolaringologista, permitindo assim determinar o correto diagnóstico Sugere-se que se deve realizar a frenectomia precocemente, quando esta restringe a amamentação, em crianças se estiver a afetar a respiração, fala e o desenvolvimento da face, ou em idade adulta se existir comprometimento da fala, ou noutros contextos.   Referências Bibliográficas: Xavier, I., Cortesão, F., Alves, R., & Mendes, J. J. Retalho de reposição apical no tratamento de erupção passiva alterada – Caso Clínico. Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentaria e Cirurgia Maxilofacial [Internet]. (2008) [citado 14 de dezembro de 2023]; 59(2), 119–124. Disponível em:  https://doi.org/10.24873/j.rpemd.2018.09.226 .

bruxismo
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Bruxismo – O que há de novo?

Bruxismo – O que há de novo? Atualmente podemos distinguir 2 tipos de bruxismo: bruxismo de vigília (que ocorre durante o dia) e o noturno (que ocorre durante a noite). Ao contrário do que muita gente pensa, não é necessário que haja contatos dentários para ocorrer bruxismo, pois segurar firmemente a mandíbula ou apertar (fenómeno de clunching), sem que haja contato dentário, é também uma forma de bruxismo. Existem várias causas para esta condição, sendo que os fatores psicoemocionais são o fator principal para a criação, isto é, a ansiedade, o stress, a qualidade de sono, distúrbios de sono ou seja microdespertares, mas também outros fatores podem estar na origem tais como tabaco, álcool e certos fármacos como alguns antidepressivos. A componente genética também poderá estar presente na origem. O bruxismo pode trazer múltiplas consequências para os seus portadores, podendo destacar alguns sinais: Língua dentada; Desgastes dentários e fraturas; Dor orofacial; Agravamento da doença periodontal, se esta existir; Cefaleias, entre outros. Outro pensamento errado que durante muitos anos foi fundamentado pela ciência, mas que agora está ultrapassado, é a definição do bruxismo. Antigamente definia-se como uma desordem, atualmente, o mesmo conceito já não se aplica: o bruxismo pode ser patológico sim, mas outras vezes também pode ser protetor em relação a outras patologias de base.  Vamos ver como: Bruxismo e Apneia do Sono Num período de 8 horas de sono, é normal haver cerca de 10min em que o paciente está mais movimentado, há movimentos oculares, mexe as pernas e tem bruxismo etc. Mais do que isso não é normal. Na apneia obstrutiva do sono, o paciente por norma acorda muitas vezes cansado, ressona durante a noite e geralmente acorda repetidas vezes a meio da noite, muitas vezes para urinar. Isto acontece, pois durante o sono ocorrem breves, mas frequentes bloqueios das vias respiratórias superiores, que provocam interrupções da respiração totais ou parciais. Ou seja, ocorre um relaxamento excessivo dos músculos da via aérea superior resultando no bloqueio da normal respiração. E o que é que o bruxismo tem a ver com a Apneia Obstrutiva do Sono? Em casos de apneias severas, o bruxismo atua como fator de proteção, ou seja, os pacientes rangem os dentes para aumentarem o diâmetro da via aérea, e dessa forma diminuir os bloqueios gerados. Estudos verificam maior incidência em indivíduos do sexo masculino, com elevado IMC, diabetes… Nestes casos, o paciente poderá usar goteira de relaxamento? Não há problema porque a goteira pode ajudar a minimizar os efeitos nefastos do bruxismo secundário à apneia. Além disso, existem outros dispositivos que podem ser colocados pelo seu médico dentista com o objetivo de minimizar a obstrução da via aérea superior. Refluxo gastroesofágico e bruxismo O refluxo gastroesofágico consiste no retorno do conteúdo do estômago para o esófago. Isso acontece quando o ácido no estômago é excessivo ou quando o esfíncter esofágico inferior (músculo que fecha a passagem para o estômago) na fecha devidamente. A acumulação dos ácidos entre a goteira de relaxamento oclusal e o dente irá agravar muito mais rapidamente a sua erosão ácida. Dessa forma não está aconselhada a utilização de goteiras em pacientes com bruxismo e refluxo gastroesofágico! Estas situações do bruxismo e do refluxo gastroesofágico poderão aumentar o número de microdespertares e piorar a qualidade do sono do paciente… Fármacos que atenuam e fármacos que potenciam o bruxismo Atualmente sabemos que alguns dos Antidepressivos inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS) são escolhas terapêuticas para o tratamento de depressão, transtornos obsessivo compulsivos e ansiedade. Assim como nos pacientes que usam antidepressivos, o uso crónico de ISRS tem o bruxismo como um efeito colateral. Podemos destacar alguns fármacos como a sertralina e a fluoxetina. Não há limite de idade mínima ou máxima para que ocorra o bruxismo induzido por antidepressivos, o começo dos sintomas ocorre por norma cerca de 3 a 4 semanas após o início da toma do medicamento. Por outro lado, fármacos como o clonazepan e a amitriptilina atenuam o bruxismo, ainda que, com uma toma superior a 3 semanas, a probabilidade de dependência é elevada. Referências Bibliográficas: Silva D. Bruxismo induzido por fármacos: revisão narrativa. [Internet]. [Porto]: Universidade Fernando Pessoa; 2022 [citado a 28 de março de 2024]. Disponível em: https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/11754/1/PPG_42099.pdf Refluxo gastroesofágico: O que é e como tratar. [internet]. Lisboa;2023 [citado a 28 de março de 2023]. Disponível em: https://www.cuf.pt/mais-saude/refluxo-gastroesofagico-o-que-e-e-como-tratar

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Tabaco

Tabaco O consumo do tabaco é atualmente a segunda maior causa de morte no mundo. Atualmente é responsável pela morte de cerca de um em cada dez adultos e mata estatisticamente metade dos consumidores de longa data, metade dos quais entre os 35 e os 69 anos, perdendo assim uma média de 20 a 25 anos de vida… Atualmente os dados apontam que se tem verificado o aumento da prevalência de consumo de tabaco na Europa no sexo feminino e diminuído a prevalência no sexo masculino. No entanto, em Portugal os valores apontam para um maior consumo de tabaco no sexo masculino do que no sexo feminino. Sabia que a cada 6,5 segundos algures no mundo, morre um fumador devido a uma doença relacionada com o tabaco? Constituintes do tabaco: Efeitos tóxicos e irritantes: nicotina, monóxido de carbono, acetona, metano, formaldeído, … Substâncias cangerígenas: metais pesados, substâncias radioativas… Substâncias com efeito aditivo da nicotina: mental, cacau, baunilha… O charuto e o cachimbo contêm os mesmos compostos tóxicos e carcinogéneos que o tabaco. Todos os produtos do tabaco são nocivos para a saúde, não havendo um limiar seguro de exposição. Muitas pessoas possuem a ideia pré-concebida de que o cigarro eletrónico “não faz mal “, no entanto a Agência Internacional de Pesquisa do Cancro observou que existem provas suficientes para ser fator de risco para cancro oral e do pâncreas. Repercussões do tabaco na saúde oral As consequências orais do consumo tabágico vão desde a simples halitose e pigmentação, até doenças mais graves como o cancro oral. Atualmente sabemos que o consumo de tabaco afeta praticamente todos os órgãos do corpo, podendo destacar: Cataratas; Pneumonia; Cancro do estômago; Cancro do pâncreas; Cancro renal e periodontite; Candidíase oral; Cancros do pulmão, do esófago, da laringe, da boca e da garganta (mais conhecidas); Doenças pulmonares e cardiovasculares crónicas, entre outras. Relação da Periodontite com o Tabaco Existe uma relação evidente entre o consumo de tabaco e a prevalência das doenças periodontais, isto é a presença do tabaco não só pode ser um dos fatores causais como agravar a perda de osso periodontal, a formação de bolsas periodontais, etc …Numerosos estudos também apontam para os efeitos adversos do tabaco no sucesso da terapia periodontal: os pacientes que fumam revelam menor sucesso na terapia do que os não fumadores. Deixando de fumar, os pacientes respondem ao tratamento de forma similar aos pacientes que nunca fumaram. O consumo tabágico é um, se não o mais importante e prevalente, fator de risco evitável na incidência das doenças periodontais. Sabia que fumar aumenta o risco de doença periodontal entre 2 e 7%? Sabia que um paciente fumador que realiza uma extração de um dente possui uma cicatrização mais lenta e deficiente do que um não fumador? Cessação tabágica O seu médico dentista poderá aconselhá-lo sobre cessação tabágica (como deixar de fumar), e se necessário prescrever: Terapia de substituição nicotínica; Terapia farmacológica. Benefícios da cessação tabágica: Económicos; Sensoriais; Estéticos; Melhoria da autoestima; Os benefícios são tanto maiores quanto mais cedo deixar de fumar! Referências Bibliográficas: Peterson P, et al. Tabaco ou Saúde Oral. Guia para profissionais de saúde oral.

selantes
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Selantes dentários

Selantes Dentários Sabia que a cárie está presente em cerca de 95% da população em todo o mundo? É um grave problema, estando presente maioritariamente em crianças e jovens. Atualmente sabemos que a cárie dentária é considerada uma doença etiológica com origem em múltiplos fatores, sendo a de maior prevalência entre as doenças da cavidade oral, estando presente em cerca de 95% da população em todo o mundo. É um grave problema, estando presente maioritariamente em crianças e jovens. Algumas das superfícies dos nossos dentes tem mais suscetibilidade em ter cáries dentárias, pela sua anatomia, pois são consideradas regiões mais retentivas à fixação e acumulação da placa bacteriana e por isso mais suscetíveis à doença.  Normalmente essas regiões são fossas e fissuras de molares permanentes e pré-molares. O longo tempo de erupção dos dentes permanentes posteriores, a idade da erupção destes (infância até à adolescência) e a aliado à dificuldade de higienização nessa região, resulta na remoção inadequada da placa bacteriana, aumentando a suscetibilidade a lesão de cárie. A aplicação de selantes de fissuras é desta forma uma medida bastante eficaz na prevenção da cárie dentária, na medida em que a barreira criada pela aplicação do selante de fissuras constituiu um obstáculo à fixação das bactérias nessas regiões, uma vez que a anatomia do dente é aplanada. A decisão de escolha de colocação de selantes deve ser sustentada na avaliação do risco para a cárie dentária que o paciente apresenta, no entanto, por ser uma medida preventiva, não existe contraindicações para a realização de selantes de fissuras. O que é um selante de fissuras? Os selantes de fissuras são feitos de um material resinoso, possuindo diferentes tonalidades: transparente, opaca ou cromatizada, sendo as duas últimas mais utilizadas diariamente, por ser mais fácil a sua visualização durante o nosso tratamento. Os selantes de fissuras, podem ou não conter libertação lenta de flúor, poder antimicrobiano e atividade anti-cárie. São geralmente brancos ou transparentes e não são visíveis durante atividades como a conversação. Como é que o selante é aplicado? Não tem de se preocupar, pois, a colocação de selantes de fissura é: Indolor; Não requere anestesia; É uma técnica não invasiva, rápida, e que pode ser reaplicado, caso seja necessário. O ideal será marcar uma consulta no seu médico dentista, e realizar uma avaliação para que o profissional o possa ajudar a decidir acerca da melhor altura para realizar o tratamento.   Referências Bibliográficas: Bervian A, Dimetrio A, Selantes em odontopediatria:prevenção de saúde bucal. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research-BJSCR. [Internet]. 2006. [citado 14 de março de 2024]. 7(2), 36-41. Disponível em: http://www.mastereditora.com.br/bjscr. Selantes. Colgate Palmolive Company. [internet] ; 2024 [citado a 13 de março de 2024]. Disponível em: https://www.colgate.com.br/oral-health/sealants/sealant-for-teeth-what-you-need-to-know-0213.

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Gravidez e saúde periodontal

Gravidez e Saúde Periodontal Um exemplo de uma pasta que poderão experimentar (Curaprox Enzycal 1450 ppm Flúor). Pode encontrar esta pasta de dentes na nossa loja parceira Quando falamos de gravidez e bem-estar, é impossível não falarmos também de saúde oral. Longe dos mitos do passado, hoje sabemos que uma boca saudável é muito importante para uma gravidez tranquila. Ainda hoje é muito frequente as pacientes gestantes evitarem consultas no dentista… A procura de consultas de medicina dentária durante a gravidez pode estar condicionada por vezes por fatores como: Inseguranças quanto à indicação dessa prática (RX, hemorragia…): Baixa percepção das necessidades (desinteresses, comodismo, conformismo); Fatores psicológicos (medo, emotividade); Fatores socio económicos; Condicionamentos locais. No entanto, a gravidez é um período muito importante para a prevenção, tratamento e aconselhamento médico dentário, pois geralmente as pacientes gestantes estão bastante receptivas para adoção de novas e melhores práticas de saúde oral e conhecimentos. Qual é o momento oportuno? De um modo geral, considera-se que a melhor altura para intervir é o 2º trimestre de gestação, mais especificamente entre as 14 e as 20 semanas. É possível a realização de tratamentos dentários urgentes em qualquer fase da gestação, porque o stress gerado pela dor e o risco de disseminação de uma infeção não tratada, podem trazer muitos mais prejuízos para a mãe e para o bebé em comparação com o não tratamento. Por isso, o ideal seria diagnosticar e tratar doenças periodontais antes de engravidar. No entanto, o tratamento é seguro durante a gravidez. Quais as alterações observadas durante a gravidez? A gestante sofre um aumento dos níveis hormonais, que resulta num aumento da vascularização e da permeabilidade dos capilares sanguíneos (mais sujeita ao sangramento) Alterações imunitárias e microbiológicas; Diminuição do PH salivar. Todas estas alterações, aliadas às alterações alimentares (consumo de alimentos com maior teor cariogénico) e aos hábitos de higiene oral (o sabor das pastas dentífricas muitas vezes incomodativo, devido aos enjoos na gravidez, bem como o reflexo de vómito apresentado ao higienizar as regiões mais posteriores, dificulta a frequência da escovagem), leva a uma resposta inflamatória exagerada das gengivas. Isto não significa que, apesar destas alterações existentes, a gravidez irá estragar os seus dentes! É um mito bastante enraizado na população! Truques para uma escovagem dentária sem enjoos: Não passar a escova por água antes da escovagem. A água intensifica o sabor presente nas pastas dentífricas; Não tenha pressa. Se estiver a sentir dificuldade na escovagem não necessita de o fazer no momentos. Aproveite alturas em que se sinta melhor para fazer a sua higiene oral. Incline ligeiramente a cabeça. Curvando a cabeça ligeiramente para baixo, poderá diminuir as náuseas sentidas, devido à acumulação de saliva na zona da garganta. Se o motivo da sensação de mal-estar ao lavar os dentes for o sabor ou o cheiro da sua pasta dentífrica, dentro das recomendações do seu médico dentista, procura soluções idênticas, mas que sejam mais do seu agrado. Em último recursos, a escovagem, sem nenhuma pasta por intolerância da grávida, é melhor do que a não escovagem total; É aconselhável a utilização de uma solução neutralizadora para bochechos após vómitos. Não faça a escovagem logo d imediato, espere cerca de 30 minutos. A gravidez não causa doença periodontal, mas esta, se existir pode piorar na gravidez! Sabia que cerca de 15% das grávidas apresenta periodontite? Sabia que grávidas com diabetes gestacional, ou diabetes já pré-existente, está associada a um risco aumentado de doença periodontal? Granuloma Piogénico ou Granuloma gravídico Mais comum entre os 20 e os 40 anos; Mais frequente no 2º trimestre; Normalmente regride até ao parto, se houver boa higiene oral. Em caso de não regressão, presença de sintomatologia (sangramento, ulceração e interferência com a mastigação) a excisão cirúrgica é o tratamento ideal; Importante lembrar: Uma grávida com má saúde gengival pode apresentar um risco maior de sofrer de: Pré-eclâmpsia: Dar à luz prematuramente (antes das 37 semanas); Dar à luz uma criança com baixo peso (2500 gramas). O que posso fazer? Como em todos os casos, também durante gravidez é essencial adotar bons hábitos de higiene oral e consultar regularmente o seu médico dentista (aproximadamente 1 consulta por cada trimestre). Não se esqueça de ter consigo o boletim de grávida (livrinho ver) no dia da consulta! Referências Bibliográficas: Pisco R. Doença Periodontal como fator de risco na gravidez: Partos prematuros e recém-nascidos de baixo peso à nascença. [Internet]. Universidade de Lisboa.  2012 [citado 8 de março de 2024]. Disponível em: https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/26676/1/ulfmd07039_tm_Rita_Pisco.pdf . Balbino R. Doença periodontal na gravidez. [Internet]. Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz. 2015 [citado 8 de janeiro de 2024]. Disponível em: https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/11805/1/Balbino%2c%20Raquel%20Rodrigues.pdf Saúde Oral e Gravidez. Ordem dos Médicos Dentistas. [internet]. Porto; 2024 [citado a 7 de março de 2024]. Disponível em: https://www.omd.pt/publico/doencas-periodontais/saude-oral-gravidez/ . Guia de Saúde Oral Gravidez. OralMed Medicina Dentária. [internet]; 2019 [citado a 7 de março de 2024]. Disponível em: https://www.oralmed.pt/sites/default/files/2019-03/21.03.2019%20-%20Gravidez.pdf . Boletim de Saúde da Grávida. Casa da Moeda. [internet]; 2024 [citado a 8 de março de 2024]. Disponível em:  https://loja.incm.pt/products/impressos-boletim-de-saude-de-gravida-1026081

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